quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vegas, baby!

Eu não aposto, não fumo e não gosto de beber. Strip club também não é a minha. Pegação muito menos e, ainda por cima, fui acompanhada! Sendo assim, o que cargas d'água eu fui fazer em Las Vegas? Pois é, era exatamente isso que eu me perguntava até chegar lá. Depois eu entendi.
Alguns lugares do mundo podem te parecer familar. As vezes, em algumas cidadezinhas na Europa, depois de muito andar, você pode até ter a impressão de que já viu isso antes. Mas não existe nada parecido com Las Vegas (Se alguém souber de algo, me conta).

Pra começar, foi uma cidade inteira programada para você esquecer da sua vida, dos amigos e da família, e só, unica e exclusivamente, gastar dinheiro. Os Hoteis são verdadeiros parque-temáticos. E quando digo isso, não estou exagerando. Dezesseis dois vinte maiores hoteis do mundo, estão lá. E com tanta concorrência, cada um tenta se sobressair de um jeito. Alguns vem com montanha-russa, outros com leões e outros bichos, tem Torre Eiffel, Coliseu, o que eu fiquei, por exemplo, entrou pro Guines com a maior fonte de água já vista(aliás, isso é outra coisa também, tudo lá tem que bater algum tipo de record). Os temas também são os mais variados: Nova York, Sahara, Oasis, Paris, Roma Antiga, Circo, Egito, Castelo Viking... Um último decidiu que se os americanos não vão a Itália, Veneza vem até eles, e literalmente, dentro do hotel, você pode fazer até um passeio de Gôndola e passear pela Piazza de San Marco, com o atrativo de que o tempo sempre está bom e o sol entardecendo.

Só pra passear pelos hoteis, foram três dias. Além de eles serem monstruosamente grandes, uma coisa me irritou profundamente. é o seguinte: Você sabe exatamente por onde entrar, as entradas são sempre monumentais! Mas depois que você entra, você realmente se perde. E antes que alguém venha com a piadinha de que mulher não tem senso de direção, vou usar meu CREA para me defender: Os malls dos hoteis foram projetados de uma forma que eles sempre se conectam em alguma parte, e não há janela. Além disso, na comunicação visual, eles nunca indicam a saída, apenas raramente, Las Vegas Boulevard, que é o nome da rua. Saída de emergência tem muitas, porque eles são obrigados por lei, mas sempre dá pra um estacionamento ou qualquer outro lugar inóspito onde você não vai querer se arriscar, debaixo daquele calor de deserto. A maioria das pessoas nem liga, mas para alguns que, como eu, gostam de achar que tem algum controle na própria vida, isso é quase agoniante.

Mas então, do que eu gostei? Dos brinquedos, dos passeios, dos restaurantes e, principalmente, dos SHOWS! Mais especificamente, dos do Cirque du Soleil. Há 10 anos atrás minha professora de piano me deu um dvd do Varekai, porque por acaso, ela tinha comprado repetido. Desde então, virou minha obsessão. Fui em todos que passaram pelo Rio e tinha ido num em Orlando, o La Nouba. Fora todos os DVDs. Mas nunca, nunca tinha visto nada tão lindo. Os melhores espetáculos estão lá: O, Love, Ká, Mystere, Zummanity e agora tem um tal de Cris Angel e vai ter o do Elvis. Infelizmente só deu tempo de ir em dois, mas um show desses faz bem até pra alma.

Primeiro fomos ao O. Não pesquisei, mas sei que Eau é água em francês, se pronuncia ô, e como esse circo se passa todo na água, imagino que seja por isso. Se em todo espetáculo, sempre tem alguma coisa acontecendo simultanemanente a atração principal, nesse era até difícil saber pra onde eu deveria olhar. A piscina se transformava em mil, os figurinos eram no mínimo lindíssimos e tudo de uma precisão e vivacidade de causar gosto. E deu aquela sensação de querer fugir de casa e se juntar a trupe!

O segundo que vi foi o LOVE, que foi interamente inspirado e feito com músicas fos Beatles! Se você gosta do quarteto de Liverpool, o espetáculo é um sonho acontecendo na sua frente. Ele é muito mais teatral e coreográfico, e menos acrobático, que os outros, mas a música não para, e é a história da banda, misturada com a guerra e o retrato de uma geração. Eu não resisti, saí cantarolando ALL YOU NEED IS LOVE, ensaiando uns passinhos e ainda comprei o cd e o documentário.
Valeu cada segundo da viagem!

3 comentários:

  1. Olha que ódio: meus pais me deixaram cuidado da minha irmã pq foram para um congresso em San Diego. Depois de uma semana de congresso, eu ligo o Skype e a minha mãe tá lá dizendo "Oi! estamos em Las Vegas! Ontem formos ver o "O", hoje vamos em outros espetáculos... vc sabia que o Aerosmith tá aqui?"

    cara.... que ódio!!! ehuehueheuheu

    beijocas

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  2. Isoca me identifico tanto com você!!! Eu também nunca me imaginei em Las Vegas... mas agora com a sua descrição até que deve ser legal! Entrou pra lista dos lugares que um dia quero conhecer, mas confesso que continua numa das últimas posições!! auahauha
    bjosss

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  3. VocÊ foi exatamente aos meus shows que eu fui com a minha mãe! O e love. São maravilhosos! Gostei especialmente do O.
    Saudades! tá chegando o seu aniversário...

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